Chamada de Trabalhos

Versión en español más abajo.

English version below.

Version française ci-dessous.

Simondon INDISCIPLINAR

Seminário Internacional, online, 10h, 14h e 16h, GMT-3.

Apresentação

Desde a década de 1990, a obra de Gilbert Simondon exerce influência sobre pesquisadores em áreas diversas, da antropologia à comunicação, da sociologia ao design, passando pela cultura digital e a invenção política. A diversidade é decorrência natural da trajetória de um acadêmico multidisciplinar que escreveu sobre máquinas e comportamento animal, filosofia pré-socrática e teoria da imagem, psicologia social e dualidade onda/partícula. Na Sorbonne, Simondon comandou um Laboratório de Psicologia Geral e Tecnologia onde não se hierarquizava o estudo do humano, do animal e do objeto técnico.

            Para além da diversidade dos campos de atuação de Simondon, sua influência se reconhece pela profusão de conceitos e termos técnicos que ele introduziu ou transformou: pré-individual, tecnicidade, concretização, transindividual, transdução, alagmática, metaestabilidade, díade indefinida, modo de existência. E a lista prossegue. São conceitos que abrem caminhos não só na filosofia da técnica e da individuação, mas também na filosofia da natureza, na epistemologia, na política, nas artes. Hoje, já não é mais incomum encontrar esses conceitos aplicados em trabalhos de diversas ordens e formas.

            Tendo atingido o posto de referência, a obra de Simondon se vê diante dos perigos a que está exposto todo pensamento “canônico”: o enrijecimento de leituras hegemônicas, o empobrecimento de aplicações levianas, a reclusão em áreas disciplinares incomunicáveis. Mas será possível simplesmente “aplicar Simondon” sem ressoar com sua obra e seus problemas? Pensador dos fluxos, movimentos, transformações, processos, este é um filósofo que não se presta a ser retalhado em compartimentos, nem sobrecodificado por comentaristas. Em Simondon, a relação entre o filósofo, o tecnólogo, o psicólogo, o pedagogo, é de modulação e amplificação; é maior que a unidade e menor que a unidade. O tema do transindividual é técnico, assim como a técnica é matéria de individuação; a imagem é somática, psíquica e territorial; a singularidade, a intuição e a invenção articulam e integram o ser, o conhecer e o agir.

            Quais são as condições para aproveitar a fluidez e a amplitude desse pensamento sem capturá-lo em compartimentos disciplinares, nem esvaziar sua potência inventiva? Como explorar as vias abertas não só como um esforço interdisciplinar, mas transpondo as fronteiras do conhecimento e ressaltando aquilo que há de indisciplinar em Simondon? O que é necessário para manter um pensamento axiontológico, uma metafísica ontogenética, uma mentalidade técnica?

Este chamado por resumos se interessa por essas questões e outras semelhantes. Possíveis temas incluem:

            . Influências, diálogos e intersecções de, com e sobre Simondon;

            . Relações entre diferentes partes de sua obra e sua trajetória;

            . Ressoar com Simondon hoje: filosofia, ciência, política, artes;

Resumo Expandido

Envie resumo expandido, com no máximo 1.000 palavras, contendo nome completo, titulação, título da apresentação e 5 palavras-chave até 15/08/2021 para:

reles@lists.gilbertsimondon.org.

Comitê Organizador:

Red Latinoamericana de Estudios Simondonianos – RELES.

==================================================

Español

Apresentación

Desde la década de 1990, el trabajo de Gilbert Simondon viene influyendo en investigaciones en distintas áreas del conocimiento, desde la antropología a la comunicación, desde la sociología al diseño, pasando por la cultura digital y la invención política. Esa diversidad es un resultado natural de la trayectoria de un académico multidisciplinario que escribió sobre máquinas y comportamiento animal, filosofía presocrática y teoría de la imagen, psicología social y dualidad onda/partícula. En la Sorbona, Simondon dirigió un Laboratorio de Psicología General y Tecnología donde el estudio del ser humano, el animal y el objeto técnico no era jerárquico.

Mas allá de la diversidad de esos campos de acción, su influencia puede ser reconocida en la profusión de conceptos y nociones técnicas que introdujo o transformó: preindividual, tecnicismo, materialización, transindividual, transducción, alagmática, metaestabilidad, díada indefinida, modo de actuar/existencia. Y la lista sigue. Son conceptos que abren caminos no solo en la filosofía de la técnica y la individuación, sino también en la filosofía de la naturaleza, la epistemología, la política, las artes. Hoy ya no es raro encontrar estos conceptos aplicados a obras de diferentes órdenes y formatos.

Constituyéndose como una referencia, la obra de Simondon se enfrenta a los peligros a los que se expone todo pensamiento “canónico”: el endurecimiento de las lecturas hegemónicas, el empobrecimiento de las aplicaciones frívolas, el encierro en áreas disciplinares incomunicables. ¿Pero es posible simplemente “aplicar a Simondon” sin resonar con su trabajo y sus problemas? Pensador de flujos, movimientos, transformaciones, procesos, es un filósofo que no se presta a ser cortado en compartimentos, ni sobrecodificado por comentaristas. En Simondon, la relación entre el filósofo, el tecnólogo, el psicólogo, el pedagogo es de modulación y amplificación; es mayor que la unidad y menor que la unidad. El tema de lo transindividual es técnico, así como la técnica es una cuestión de individuación; la imagen es somática, psíquica y territorial; la singularidad, la intuición y la invención articulan e integran el ser, el saber y el actuar.

¿Cuáles son las condiciones para aprovechar la fluidez y amplitud de este pensamiento sin capturarlo en compartimentos disciplinarios, ni vaciar su capacidad inventiva? ¿Cómo explorar caminos abiertos no solo como un esfuerzo interdisciplinario, sino cruzando las fronteras del conocimiento y resaltando lo indisciplinado en Simondon? ¿Qué se necesita para mantener un pensamiento axiontológico, una metafísica ontogenética, una mentalidad técnica?

Esta convocatoria de resúmenes está interesada en estas y otras preguntas similares. Los posibles temas incluyen:

  • Influencias, diálogos e intersecciones de, con y sobre Simondon.
  • Relaciones entre diferentes partes de su obra y su trayectoria.
  • Resonancias internas de Simondon hoy: filosofía, ciencia, política, artes.

Resumen ampliado

Envíanos un resumen ampliado, con un limite de 1000 palabras, que contenga nombre, apellido y titulación del postulante, el título de la presentación y 5 palabras clave hasta el 15/08/2021 para:

reles@lists.gilbertsimondon.org

Comité Organizador

================================================

INDISCIPLINARY Simondon

International Online Seminar

August, 31 – September, 2, 7, 9, 14, 16, 21, 23, 28, 30 – October, 5, 7, 14, 19.

10h, 14h and 16h GMT – 3

Introduction

Since the 1990s, Gilbert Simondon’s work has influenced researchers in different areas, from anthropology to communication, from sociology to design, passing through digital culture and political invention. Diversity is a natural result of the trajectory of a multidisciplinary academic who wrote about machines and animal behavior, pre-Socratic philosophy and image theory, social psychology and wave/particle duality. At the Sorbonne, Simondon headed a General Psychology and Technology Laboratory where the study of the human, the animal and the technical object was not hierarchical.

In addition to the diversity of Simondon’s fields of action, his influence is recognized by the profusion of concepts and technical terms that he introduced or transformed: pre-individual, technicality, materialization, transindividual, transduction, alagmatics, metastability, indefinite dyad, mode of existence. And the list goes on. These are concepts that open paths not only in the philosophy of technique and individuation, but also in the philosophy of nature, in epistemology, in politics, in the arts. Today, it is no longer uncommon to find these concepts applied to works of different orders and forms.

Having reached the point of reference, Simondon’s work is faced with the dangers to which all “canonical” thinking is exposed: the stiffening of hegemonic readings, the impoverishment of frivolous applications, the confinement in incommunicable disciplinary areas. But is it possible to simply “apply Simondon” without resonating with his work and his problems? A thinker of flows, movements, transformations, processes, this is a philosopher who does not lend himself to being shredded into compartments, nor overcoded by commentators. In Simondon, the relationship between the philosopher, the technologist, the psychologist, the pedagogue is one of modulation and amplification; is greater than unity and less than unity. The theme of the transindividual is technical, just as technique is a matter of individuation; the image is somatic, psychic and territorial; singularity, intuition and invention articulate and integrate being, knowing and acting.

What are the conditions to take advantage of the fluidity and breadth of this thought without capturing it in disciplinary compartments, nor emptying its inventive power? How to explore open paths not only as an interdisciplinary effort, but crossing the frontiers of knowledge and highlighting what is undisciplined in Simondon? What is needed to maintain an axiontological thought, an ontogenetic metaphysics, a technical mentality?

This call for abstracts is interested in these and similar questions. Possible themes include:

  • Influences, dialogues and intersections of, with and about Simondon;
  • Relationships between different parts of his work and its trajectory;
  • Resonating with Simondon today: philosophy, science, politics, arts;

Submit an expanded abstract of up to 1000 words until August 15th, 2021 to reles@lists.gilbertsimondon.org

===============================================

Français

Séminaire International Simondon INDISCIPLINAIRE

Août, 31 – Septembre, 2, 7, 9, 14, 16, 21, 23, 28, 30 – Octobre, 5, 7, 14, 19.

10h, 14h et 16h GMT – 3.

Introduction

Depuis les années 1990, l’œuvre de Gilbert Simondon a influencé des chercheurs dans différents domaines, de l’anthropologie à la communication, de la sociologie au design, en passant par la culture numérique et l’invention politique. La diversité est le résultat naturel de la trajectoire d’un academique multidisciplinaire qui a écrit sur les machines et le comportement animal, la philosophie présocratique et la théorie de l’image, la psychologie sociale et la dualité onde/particule. A la Sorbonne, Simondon coordonait un Laboratoire de psychologie générale et technologique où l’étude de l’humain, de l’animal et de l’objet technique n’est pas hiérarchisée.

Au-delà de la diversité des champs d’action de Simondon, son influence est reconnue par la profusion de concepts et de termes techniques qu’il a introduits ou transformés: pré-individuel, technicité, concrétisation, transindividuel, transduction, alagmatique, métastabilité, dyade indéfinie, mode de existence. Et la liste continue. Ce sont des concepts qui ouvrent des voies non seulement en philosophie de la technique et de l’individuation, mais aussi en philosophie de la nature, en épistémologie, en politique, dans les arts.

Aujourd’hui, il n’est plus rare de trouver ces concepts appliqués à des œuvres d’ordres et de formes différents. Arrivé au point de référence, l’œuvre de Simondon est confrontée aux dangers auxquels est exposée toute pensée « canonique » : le durcissement des lectures hégémoniques, l’appauvrissement des applications frivoles, l’enfermement dans des espaces disciplinaires incommunicables. Mais est-il possible de simplement « appliquer Simondon » sans entrer en résonance avec son travail et ses problèmes? Penseur de flux, de mouvements, de transformations, de processus, c’est un philosophe qui ne se prête pas à être découpé en compartiments, ni surcodé par les commentateurs. Chez Simondon, la relation entre le philosophe, le technologue, le psychologue, le pédagogue est une relation de modulation et d’amplification; est supérieur à l’unité et inférieur à l’unité. Le thème du transindividuel est technique, tout comme la technique est affaire d’individuation; l’image est somatique, psychique et territoriale; singularité, intuition et invention articulent et intègrent être, savoir et agir.

Quelles sont les conditions pour profiter de la fluidité et de l’ampleur de cette pensée sans la capturer dans des compartiments disciplinaires, ni vider son pouvoir inventif? Comment explorer les chemins ouverts non seulement comme un effort interdisciplinaire, mais en traversant les frontières du savoir et en mettant en évidence ce qui est indiscipliné chez Simondon? Que faut-il pour entretenir une pensée axiontologique, une métaphysique ontogénétique, une mentalité technique? Cet appel s’intéresse à ces questions et à des questions similaires.

Les thèmes possibles incluent :

  • Influences, dialogues et croisements de, avec et sur Simondon;
  • Les relations entre les différentes parties de son travail et sa trajectoire;
  • Résonner avec Simondon aujourd’hui : philosophie, science, politique, arts;

Envoyez-nous un résumé étendu de 1000 mots maximum contenant votre nom, le titre de la présentation et 5 mots-clés avant le 15/08/2021 à:

reles@lists.gilbertsimondon.org